quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Eu quero hibernar
O Sócrates ganhou, vai começar os Ídolos versão portuguesa, tô farta de Cristianoborulhentoepacóvio Ronaldo, da Júlia Pinheiro e daquela hiperactividade e falando do mundo cão dos outros, do mesmismo.
Meu santo kitkat, o que é feito deste povo que gritou revolução e quis mudar o rumo do destino? Que é feito da vontade de fazer melhor??
Tenho verdadeira inveja dos ursos, esquilos e todos esses seres inteligentes, que quando chega o Inverno, se escondem nas tocas e dormem sem chatear ninguém. Porque é assim, ver esta palhaçada toda e ainda por cima, bater os dentes de frio...eu não aguento.
Meu metabolismo não foi feito pra estas baixas temperaturas. E ao contrário do resto do mundo eu peço muito que haja mais mudanças climáticas, que aqui nesta beirada da Europa, se torne num país quentinho e de temperatura amena durante o ano todo. Só assim eu aguento tamanha passividade, burrice e comodismo.
E juro, não estou naquela altura do mês. É desencanto mesmo.
terça-feira, 15 de setembro de 2009
Eu vou pra rua gritar!!!
Começo de ano escolar é sempre desesperante pra qualquer pai ou mãe. É ver sair dos bolsos uma torrente de notas que não tem retorno.
Mesmo em campanha eleitoral, a gente vê até que ponto a escolaridade obrigatória é gratuita. Só se for pra ministro e deputado, pois ambos beneficiam para seus filhos de total pagamento dos estudos.
Nós, aqui os que pagam imposto, somos obrigados a ver não sem um pouco de constrangimento a miséria de esmola que o Estado dá aos pais pra ajudar no Ensino Gratuito.
E hoje foi apresentação nas escolas aqui da cidade. E qual não foi meu espanto, quando pra poder ter aquela meleca de folha de horário... eu tinha que pagar!!!!!!
Me perdoem, mas esta, vai ter que sair:
"Mas que caralho de escola é essa, que eu tenho que pagar a fotocópia de um horário????"
Infelizmente, eu não pude ir à apresentação, cada filho foi pra respectiva escola no meu lugar. Até porque por muito que tentasse, jamais conseguiria estar nas duas ao mesmo tempo.
Mas se fosse, talvez não seria com essas palavras que chamaria a atenção da directora de turma, mas acreditem que eu jamais pagaria pelo papelinho. Preferiria copiar à mão do placar da escola.
Cambada de FDP!!!
Já não basta esta crise, ainda por cima fazem pouco da gente.
Mas tudo bem.... me aguardem...
Té.
terça-feira, 11 de agosto de 2009
Eu sou a gota de suor na cara de quem trabalha
Metodicamente e sem sonhos
Eu sou a gota de sangue no fio da faca
De quem fere a si próprio
Eu sou a gota de soro que te salva a vida
Perdida de correr atrás do que não é
E sou a gota de água no copo que se esgotou
E nada mais senão o vazio
Eu sou a gota de chuva que escorre na janela
Que assiste a tua espera eterna de quem não vai voltar
E sou a gota de orvalho que restou dos amores da Lua com a Rosa
Os amantes da noite
Eu sou a gota de sopa no babete do teu filho
Que se ri para ti e não quer comer
Eu sou só uma gota, u pequeno de um nada de tudo
Uma fracção de um todo que quando juntas somos uno
Quando soltas...apenas gotas... de nada...
I.M
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Eu Mereço...
Estou numa divisão muito grande, tipo, será que vale a pena levar a sério as coisas? Será que uma boa dose de ironia não é desejável?
Estou muito mais inclinada pra ironia, cansei de me esforçar pelo correcto, certo e bem aceite. Olha, que se dane!!
Mas quando meu filho numa conversa comigo na cozinha me contou que tinha casado na noite passada...
- Pois e mãe, casei porque assim vou subindo meus níveis de experiência.
- ???????????? - cumé que é? Casaste? Como? Com quem?
- Tu não me ouviste? FOI NO JOGO MÃE, NO FFF. Aquele jogo online.
- ?????????? - então agora eu sou sogra de uma bonequinha??? ô meu filho...
E desatei numa gargalhada imensa sob o olhar incrédulo do meu filho mais velho. O mais novo entra na cozinha a procura do jantar, que por aquele passo ia acabar saindo tarde, olhou pro irmão e perguntou:
- A mãe "queimou"? (queimar é um termo aqui de casa que quer dizer que alguém ri tanto até queimar os fusíveis)
- É, queimou porque eu disse que tinha casado no FFF - e olhando pra mim ainda na gargalhada, agarrada numa cadeira, em lágrimas e ele com aquela cara de que precisa internar a mãe.
Depois de um tempo e uns goles de água lá consegui passar um sermão, no bom papel de mãe e sogra, de que casamento por interesse nunca dá certo. E o rapaz olhou pra mim, com aquela cara de quem não tá nem aí.
Quase chegando nos 18 anos, acho muito bem que ele nem me leve à sério neste sermão ridículo. Afinal, os casamentos no jogo em questão é pra isso mesmo. E é daqueles casamentos bem modernos, cada um pro seu lado fazendo pela vida. E nesta altura do campeonato, devo de dizer que concordo plenamente com isso. O convencionalismo, afinal, não trás segurança nem nada de bom que valha a pena lutar.
E mais nada.
terça-feira, 28 de julho de 2009
A queda dos anjos
Quando a gente pensa que o mundo pode mudar, que as pessoas realmente procuram uma forma de o melhorar, isso não acontece.
Paternalismo é uma das muitas coisas que me deixam furiosa, aquela coisa meio palerma, de dar tapinhas nas nossas cabeças e dizerem : "a gente faz isso pelo vosso próprio bem", me dá vontade de atacar alguém a mordida.
Como muita gente deve ter calculado, estou esperando com alguma curiosidade pelo novo trabalho dos Rammstein. Visitando os sites e blogs de fãs, me dei conta que "vasou" uma das músicas na Net assim como algumas fotos.
Quando fui na catedral de todo o conhecimento áudiovisual (YouTube), pra ver se já havia alguma coisa, deparo com uma cena de paternalismo nojenta, abjecta e vomitante. Tipo:
Ai...que meninos tão mauzinhos que estão estragando a surpresa aos fãs..." e tiraram tudo de lá.
Sites e blogs que publicaram fotos e a tal da música - Liebe ist für alle da - foram avisados, ou tiravam os bagulhos ou iam levar processos em cima.
Muito bem, pra quem quiser ouvir, cá vai disto:
Se realmente, este grupo sente vontade de agradar os fãs, poderiam antes de mais nada descer os preços dos ingressos para os shows. Se não sabem, ficam a saber que um dos 2 concertos que se fariam em França, foi suspenso, porque os bilhetes custavam a módica quantia de mais ou menos 59€. Isso, se o povo morasse todo perto e não tive que pagar transporte e alimentação.
Se este grupo não sabe, a gente tá no meio duma crise económica, e bilhete pra concerto é supérfluo. Pagar o lugar onde se vive, água, luz, gás e condomínio já é ruim. Infelizmente, a gente ainda por cima tem que comer. E quem como eu, tem dois filhos estudando e não acredita nos milagres pré eleitorais, vejo cada tostão contado.
Será que estes gajos já esqueceram o que e viver de salário? Será que esqueceram como era a vida antes de 93? Ou antes de 89? Francamente...
Na verdade, quem enche os estádios, as salas de concertos são os fãs, aquele povinho meio louco, que faz blogs e sites. Gente que faz promoção do grupo por gosto e de graça. Ao contrario da UMG, que agora gere os negócios da banda, essa fica com uma boa fatia dos lucros. Essa sim, tem o maior interesse de foder com as iniciativas dos fãs, sem o menor pudor. E que eu saiba, mesmo que que UMG faça um grande esforço, não vão encher, com seus trabalhadores e familiares, os estádios deste mundo. São os fãs. Eles não cuidam dos interesses da banda, mas do seu próprio lucro. E os fãs estão sem dinheiro.
Largar uma musiquinha na Net, tipo aperitivo, promove, puxa a curiosidade dos adeptos. Da maneira que isto anda, qualquer dia a gente nem vai poder cantar ou assobiar uma música no chuveiro, no meio de um banho de espuma, porque senão, poderemos levar multa. Ou então, nem sequer colocar o nome da banda numa postagem ou assunto, tipo pecado bíblico: "não pronuncie o nome da banda em vão". Aí passam de 10 mandamentos, pra 11. Ridículo.
A hipocrisia de se dizer que o que leva um criador a fazer arte como modo de expressão dos seus pensamentos começa nesse mercenarismo. O que o artista quer é fama, glória e money.
Essa cena de "a arte é a minha expressão" é só conversa fiada.
Milhares de pessoas expõe as suas ideias em blogs, seus poemas, suas filosofias. De graça.
Platão, Galileu e Da Vinci, graças aos céus, não tinham uma produtora cuidando dos seus assuntos. E graças aos estudos feitos por eles, passamos de um geocentrismo à consciência de que não somos o umbigo do Universo. Mas muita gente se sente deus e pensa que pode tudo, até calar opiniões.
Na minha opinião, o tempo que a banda passou nos EUA estragou tudo. Não sei porque, mas me dá a ideia de que com isso se encantaram demais com a possibilidade do "mais". O que não queria dizer que seja melhor. Será uma crise de meia idade?? Vai saber.
Com isto, deixo o meu protesto, esta foto bem foleira de um R (vai que eu coloco uma foto e me cai uma saraivada de fogo e pedras como em Sodoma?) e de agora em diante, encerro assunto dessa banda. E se me saírem bilhetes pro concerto, vou doa-los ao Banco Alimentar Contra a Fome, que só neste país triplicou os pedidos de ajuda. Assim, podem rifar os bilhetes e arranjar mais uma forma de ajudar quem precisa.
Fica aqui a minha solidariedade com os blogs e donos de sites.
Fim.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Se querem fazer uma mulher feliz...
....é muito simples! Basta me enviarem 2 bilhetes pro concerto dos Rammstein, que será no dia 8 de Novembro. Eu mereço.
E como dizem que um sorriso vale qualquer coisa, e que o Natal é quando a gente quiser e blábláblá, aqui está uma boa oportunidade de mostrarem a sua boa vontade.
E ultimamente, tenho tido muito poucas chances de rir, ou até mesmo sorrir, esta vida está uma pedreira.
Tirando uma ou outra coisa que me surpreende pela positiva, coisa mesmo rara, agora perdi mesmo a vontade de acreditar em muita coisa.
Por isso, para o bem desta família, que sem mim não é nada, façam-me feliz e me arranjem os tais bilhetes.
A gerência agradece.
terça-feira, 16 de junho de 2009
Curtas
Uma amiga minha, Vegam, diz que a gripe A é uma vingança da costeleta. Os animais e a natureza vingam-se como podem dos depredadores humanos.
Tá.
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Já vi touro pulando as muradas de praça de touros e dando uma corrida pelas bancadas assustando os espectadores.
Já vi os cavalos dos toureiros sendo atirados ao chão pelos touros, assim como cornadas homéricas nos toureiros a pé, a cavalo e bandarilheiros.
Mas no dia 10 deste mês, na Praça de Touros Celestino Graça em Santarém, não é que um cavalo mordeu um touro??
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Meu filho diz, que é por causa das pressas que o mundo tá cheio de anões......
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A gente sabe que está ficando velho/a depressa, quando os filhos que uns meses atrás só pensavam em jogar Magic ou Playstation, te pedem lâminas descartáveis pra se barbearem...
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Porque é que velho (idoso, idade do ouro...o que seja) se acha no direito de ofender as pessoas?? Ou de achar que podem fazer tudo sem pedir licença nem dizer obrigado, como se o facto de ser velho desculpa tudo?
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Conjunção astral diabólica : faltar água e luz no mesmo dia e na mesma hora. É só alegria na hora de acordar...depois falam de TPM. O tanas!!!
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Dentre as coisas inúteis que costumo fazer, decidi aprender mais uma língua. Minha irmã achou estranho quando disse que estava aprendendo Esperanto. Ela pensava que era uma língua complicada, mas até nem é. De modos que vou procurar mais uma pra aprender e preencher meu tempo.
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Decididamente, a TV nacional me dá vómitos. Desisto, jogo a toalha no chão e digo que ter desligado a TV por cabo foi a cagada do ano.
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Desfile de ciclistas nus, em protesto pelo uso de veículos poluentes...ver aquilo tudo, me fez lembrar, não sei porque, a Feira de Enchidos de um supermercado qualquer...
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Parada Gay em San Francisco e Boston. Ao mesmo tempo um surto de fé raiando o fanatismo grassa por toda América do Norte, ao ponto de ensinarem às crianças a não acreditar na ciência. Segundo o pregador, os cientistas são homens, mortais e não sabem nada, deus é eterno e sabe tudo. (Sabe tudo menos explicar porque se mata em nome deles , se ele disse : não matarás)
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Se aquele moleque remelento do Cristiano Ronaldo pode comer um monte de gajas e é invejado, porque a Paris Hilton que já comeu também um monte de gajos é chamada de vaca???
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Tô cansada de brigar com esta net...
domingo, 31 de maio de 2009
A Nossa Velha Crise
A gente se acostuma com a palavra crise. Ela faz parte da nossa vida de modo irremediável. Comigo, tem sido uma constante, desde... deixa ver...que eu nasci? Deve ser mais ou menos por aí.
Das crises de asma ao fígado, as de identidade (o clássico quem sou eu, para onde vou ou o que sou eu neste mundo), a incontornável financeira, sempre fui tirando partido como podia dessas crises. Porque não vejo tudo como, ou tudo mau ou tudo bom. Há sempre aquela área meio cinzenta que dá pra ir levando.
Até agora foi assim.
Mas caramba, o mundo deu uma volta desastrosa em si mesmo. Esta crise, comparada à do começo do século XX, é bem pior. Pior no sentido de que todo mundo via o monstro tomando forma e ninguém lembrou de pegar no chicote e dominar a fera. Todo mundo viu e cá está ela.
Não há casa que não diga que não sente a crise. Só mesmo dos estupidamente endinheirados podem dizer que não há crise ou que não a sentem. Nós, os pobres mortais dependentes de salário, a gente sente sim.
De modos que me vi na situação de ver as coisas mais agudamente e lá veio o corte do supérfluo e a tentativa de manter o necessário dentro do razoável.
Daí meu sumiço destas linhas.
Cortei com a empresa que me fornecia a televisão por cabo e Internet, e por isso, procurei algo mais razoável.
Primeira constatação após o desligamento da cabo: como a TV portuguesa é uma bosta né??? Tirando a RTP2 que passa filmes e bons documentários, o resto é um vómito geral. Novelas até meia noite e picos. Ver o Tony Ramos de hindu é no mínimo uma coisa tão inverossímil como ver uma galinha dançando tango.
Daí que me virei para os livros. Ler ao invés de ver aquilo que me metiam pelo olhos adentro. E tem sido uma fase muito boa sim sehoras/res. Ler, faz sempre bem, faz pensar e entender. Comecei também a dar uma volta na minha colecção interminável de CDs de música, e fui ouvindo muitas coisas que tinha deixado de ouvir.
A única coisa que me deixou frustrada, foi a falta de informação imediata que a net nos dá. Fiquei sem ela.
Fiquei sem saber o que se faz por aí de música, filmes e arte. Fiquei sem saber se há ou não um novo episódio da Bicha do Demónio, da Terça Insana, enfim, aquilo que me faz rir e conseguir levar a Dona Crise com alguma esperança.
Mas a verdade é essa, eu sobrevivo bem sem o que muita gente pensa ser indispensável. É claro que muitas outras coisas levaram um corte, mais coisas que precisaram ser revistas e analisadas.
Mas é assim minha gente, vamos ver se a gente pega nessa velhinha crise e dá um Valium pra ela dormir aí mais umas décadas ou coisa assim.
Interessante ver que uma pessoa pode adaptar-se desde que tenha vontade. E sempre que der, escrevo alguma coisinha por aqui ok??
Ps: só espero que esta crise passe logo... Os Rammstein virão à Portugal em Novembro, e eu aqui roxa de vontade de ir ver o concerto deles... e sem "papel" pra isso. Cáspita, ô mundo injusto viu?
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Bolacha Maria
As mulheres passam pelas mais insultantes situações na vida, e as que me dão mais raivinha, são os exames físicos.
Ginecologicamente falando, tirando a ecografia abdominal (mais conhecida como a tortura da bexiga cheia, onde a gente faz o esforço colossal pra não se mijar pernas abaixo), a posição ridícula da mesa ginecológica, eis que chegamos à mamografia.
Fui fazer uma hoje.
As mulheres todas à minha frente com aquela cara de choro contido, já que o exame pode levar a descobrir algo que não se deseja.
Depois, tem o passa - palavra de " dói como tudo", em que todas saem de lá de dentro com cara de Cristo de quadro, aquele com o coração sangrando. Eu, na espera da minha vez, lendo um romance bem água com açúcar, daqueles que ele é muito lindo, podre de bom, e ela muito alta, magra, com um corpo de tirar o fôlego e com olhos de uma cor que só existe naquele livrinho.
Depois, tem o passa - palavra de " dói como tudo", em que todas saem de lá de dentro com cara de Cristo de quadro, aquele com o coração sangrando. Eu, na espera da minha vez, lendo um romance bem água com açúcar, daqueles que ele é muito lindo, podre de bom, e ela muito alta, magra, com um corpo de tirar o fôlego e com olhos de uma cor que só existe naquele livrinho.
Tentei me abstrair do ambiente.
Quando chegou a minha vez, a moça me perguntou se tinha casos de cancro de mama na família, se eu tinha filhos, se tinha amamentado....essas coisas.
Na hora H, entrei pra fazer o exame, que sei como é feito, espremem as mamocas das senhoras numa máquina infernal.
Me deu um ataque de riso, porque imaginei como seria um exame igual... aos testículos...uma tintingrafia.
A enfermeira olhou pra mim e disse : " Nossa...que animação??!!"
Se ela soubesse o que eu estava a pensar...
Porque falando sério, o campo da medicina fez com que o único exame vexatório que eles tinham, o da próstata, passou do dedo no....pois, para uma simples picada no dedo e pouco mais.
Injusto!!!!!!
Enfim, lá tiraram a foto das minhas mamocas em pose bolacha maria, para saber a resposta daqui um mês mais ou menos.
Continuo achando o mundo mais favorecido aos homens do que pra nós, mulheres....
Fim de papo!!!
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
13...
...gato preto, espelho partido e outras coisinhas mais. Ninguém diga que não tem pelo menos uma superstição. Todo mundo cultiva uma por sabe-se lá porque, mas tem. Umas, nem sabe bem porque, como o meu marido que não pode ver uma tesoura aberta que fecha logo. Quando pergunto porque, ele me responde que era um hábito da tia-avó dele, mas nem sabe o significado.
A superstição é um dos lados da sorte, pois perseguimos a danada todos os dias. Se bem que na minha modesta opinião, a sorte, grande parte dela é feita por nós. Esperar sentado num canto que tudo caia no nosso colo, não dá mesmo. Mas também, viver rodeado de superstições, patuás e coisas afins deve ser cansativo.
E depois, superstição está à milímetros, cagagésimas de TOCs (Transtorno Obsessivo Compulsivo), aquela coisa de que se não acender e apagar a luz 32 vezes, algo de ruim pode acontecer ao dono do TOC em questão. Daí que toda as coisas que são demais, incontroláveis podem ser más pra nós.
E sinceramente, o que me interessa mesmo, é estar viva, com saúde, embora pouco abonada em termos monetários, mas aqui estamos.
A dona Sorte e o senhor Azar, fazem parte da nossa vida como o dia e a noite, o bem e o mal, amor e ódio, guerra e paz. É saber levar a vida equilibrando as coisas que a gente pode ser feliz.
Já agora, estava aqui na sala, assistindo um debate sobre superstições, quando um pombo bateu contra a janela da sala. Ficou meio atordoado e ficou empoleirado nas grades da varanda.
Meu marido, olhou pra mim com cara de caso e disse:
Meu marido, olhou pra mim com cara de caso e disse:
" Como hoje é Sexta Feira 13, isso quer dizer que é um sinal de azar?"
"Não, é o mesmo pombo que todos os dias de manhã vai de encontro a nossa janela do quarto, isso não é azar... é estrabismo..."
Ahahahahhahhahahahhaha
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Aceito o Desafio dos 7 Pecados!!!
É verdade que detesto corrente, não vejo propósito na coisa. Nem gosto daquela coisa : que cor você mais gosta, qual a flor....essas baboseiras. Este eu gosto porque pede uma auto analise, que a gente olhe pra dentro e se veja.
De maneira que, se o assunto engloba falar dos nossos possíveis defeitos, melhor ainda, portanto, aqui vai disto:
Avareza: Nos dias que correm, principalmente neste lado do mundo, eu não exerço a avareza, mas a economia e parcimónia. Não por vontade própria, mas por imposição da conjuntura económica. A avareza quer dizer que alguém tem e não divide, que quer tudo pra si mesmo. Sou aquariana, com uma tendência pra ser uma mãos abertas e perdulária até ao ponto mais incrível. Mas tive que aprender no tapa a ser mais poupada.
Inveja: essa palavrinha tem muito poder. Pra mim, quer dizer que alguém quer uma coisa que a gente é ou tem e não pode, e por isso, fica secando a tua vida por conta disso. Desse mal não sofro. Mas, se me perguntarem se não tenho pena de ver como tem gente que desperdiça a vida de uma maneira estúpida, em como tem gente que não valoriza o que tem, isso sim tenho, pena. Inveja é tão baixo...
Luxúria:um dos jogos mais interessantes da vida humana é justamente o sexual. Ou como bem diz a minha mana, a sensualidade. Porque sexo por sexo só, não passa de uma coisa mecânica, uma coisa que se passa em todo reino animal e vegetal. O que entra mais na luxúria são os 5 sentidos, aquilo que desperta em nós algo que nem sabíamos que tínhamos e que nos maravilha. Engraçado que na literatura , quando falam de "uma paisagem luxuriante" ninguém pensa em pecado, mas sim em algo de tirar o fôlego, lindo, desejável. Tem um triângulo muito interessante entre sexo/sensualidade/desejo. Quando um dos dois falta, aparecem as repentinas dores de cabeça, as dores nas costas ou a lembrança do joelho lesionado naquele jogo de futebol de há 10 anos atrás. Nesse caso, sou uma pecadora.
Ira: Acho desgastante me irar. Ou a idade já me deu a sabedoria de não bater de frente com as coisas. Talvez a única coisa que me tire do sério, seja mentirem pra mim. Nisso, fico possessa. Substituo a ira pelo sarcasmo quando estou irritada, TPM ou na fila interminável de um departamento público. Até porque ira/ódio são irmãos, sou apologista de que sentir isso, atrai o mesmo para mim.
Preguiça: é uma necessidade, um tempo que não considero perdido de vez em quando. Viver o tempo todo a mil, cansa, despreza os pequenos detalhes que fazem as delícias da vida. Não tenho o menor problema em dizer que não fiz algo porque tenho preguiça, porque geralmente, são coisas que não gosto de fazer. Quantas vezes minha irmã me pergunta o que fiz no fim de semana, e eu respondo NADA. Porque me dou o privilégio de tirar o dia pra não fazer nada de "útil" e ficar enrolada no sofá, comendo pipoca, vendo filme ou lendo livro. Acho que mereço esse tempo de preguiça.
Gula: tenho boa boca, como tudo e não fico com complexos de nada. Não tenho facilidade de ganhar muito peso, por isso, não me prendo.Aliás, se perguntarem pra qualquer homem o que é celulite, eles engasgam e dizem qualquer bobagem. Nós é que temos um outro pecadilho chamado vaidade. Mas comer por comer, encher a pança por encher não é meu lema, mas gosto de experimentar receitas novas, doces se quero comer faço. E divido.
Soberba/Orgulho: Achei interessante essa dualidade aí. Pois considero as duas muito diferentes. Como minha irmã disse, crescemos num lar onde os elogios sempre foram poucos, as exigências muitas e usavam sempre uma lupa muito grande pra verem todos os nossos defeitos (assim não viam os seus próprios). Isso fez com que eu crescesse sempre pensando que nada do que fazia estava certo, bem feito e capaz. Isso, destrói qualquer auto estima. Até que alguém que me ama do jeito que eu sou começou a me elogiar. Primeiro, pensei que seria pelo impulso da paixonite aguda. Depois comecei a acreditar que era verdade. E em cada pequena vitória, me sentia orgulhosa pelo resultado do meu esforço. E considero este orgulho saudável. O orgulho de antigos professores que ainda se lembram de mim, que diziam que eu tinha um futuro brilhante à minha frente se seguisse os estudos...isso me deixa orgulhosa. Os meus filhos, meus quase 24 anos de casamento, as vitórias dos meus dois maninhos, porque não posso sentir orgulho por mim e por aqueles que amo??
Agora a soberba...só me lembra de quem não quero e não gosto. Gente vazia e entojada, que pra se sentir grande, diminui os demais. Mas são pessoas tão sós, que a única companhia que lhe resta é a sua soberba. Naaa... isso não faz o meu género.
Sei pedir desculpas quando erro, sei aceitar desculpas quando falham comigo.
Agora a soberba...só me lembra de quem não quero e não gosto. Gente vazia e entojada, que pra se sentir grande, diminui os demais. Mas são pessoas tão sós, que a única companhia que lhe resta é a sua soberba. Naaa... isso não faz o meu género.
Sei pedir desculpas quando erro, sei aceitar desculpas quando falham comigo.
Resumo: sou uma pecadora. Gosto de um bom prato, mas gosto de estar rodeada de gente pra dividir a refeição, tenho orgulho nas coisas da minha vida e não invejo o supérfluo, adoro me enrolar com o meu namorido e não me irrito demais. A vida é muito curta. Me dou ao prazer de ter preguiça quando quero sem culpas. Sem um pouquinho de tempero na vida, sem os seus pecadilhos, seriam uma vida tão boba... sem nada...
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Vamos lá falar a sério..
Lembro bem das diversas brigas la em casa, tudo gerado pela minha linda, longa e profusa franja. Meu pai passava horas dicertando sobre os possíveis efeitos na minha capacidade de visão, dos acidentes e todas essas coisas que os pais dizem pra nos convencer.
Outro assunto bastante discutido, era como eu me pintava. Lápis preto nos olhos, muito rimel e se usava sombras eram sempre pro lado do cinzento. Ia perfeitamente pintada e penteada pras aulas de ginástica logo de manhãzinha...
Depois foi a roupa preta, que decididamente só tinha uma peça ou outra, porque nisso, a minha mãe controlava ao milímetro. Chatice.
Vi filmes de terror, ouvia música que ninguém ligava e li muita coisa que na minha idade não era hábito. E estou falando dos finais dos 70 e começo dos 80. Vi filmes do Jason e sua catana assassina, vi o Fred no Pesadelo de Elm Street. E nunca me cortei, fugi de casa, ou me juntei à um grupo de maluquinhos que tivessem como mote se matar.
Talvez eu tenha sido um pouco avançada pra epoca, mas na verdade, depois de ler este assunto...fartei-me de rir.
Embora o jornal citado não seja um paladino da verdade e sim, muito sensacionalista a coisa promete.
Até porque tinha lido há uns tempos atrás isto aqui que me fez pensar que na falta de uma família capaz e que seja informada, toca a jogar as culpas à algo.
Pra já, os Slipknot de certa forma copiaram as máscaras de filmes de horror e tortura, trazendo pra inovar um meio muito peculiar...chamado de música.
Agora, mesmo velhota, e sem querer dar uma de diferente, gosto de andar de preto, gosto de usar a minha franjola, dos filmes de terror, de música pesada. Sou assim.
Nem se pode dizer que fui moldada sob uma peseudo cultura, porque no meu tempo, o giro era saber dançar disco, abanar-se numa discoteca com aquela bola de espelhos no tecto e coisas assim.
Só sei que, pelo facto de uma pessoa usar preto, usar franja e pintar as unhas de preto, não quer dizer que pertença a tribo Emo, que são todos uns suicidas potenciais e que, tadinhos, nem tem personalidade.
Isso tudo faz lembrar o meu pai, que quando via alguém com o cabelo que não fosse cortado à escovinha dizia logo que era um Hippy.
E eu seja cão se ainda este ano não faço uma tatuagem!!!
Ps: Leiam os comentários de ambos artigos , porque são do melhor...
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Ahhhh... música!!
Fazem hoje 30 anos que os Xutos e Pontapés se apresentaram pela primeira vez em público.
Exactamente dois anos depois cheguei à Portugal e conheci a sua música, as suas letras e desde então tenho acompanhado todo o percurso da banda, embora pra vergonha minha, nunca os tenha visto ao vivo.
Nem sei explicar porque nas duas vezes que estive em trabalho de parto, cantava baixinho entre as contracções o 1º de Agosto. Talvez meu subconsciente pensasse que depois de tanto esforço teria direito à férias...
Mas na verdade, neste mundo tão pouco fiável da música, onde muita coisa funciona pela moda, os Xutos estão aí. Tá certo, estão mais velhos, um pouco mais...como direi, fortes (eufemismo pra gordos), mas ainda com muita coisa pra fazer.
E espero bem que continuem, sempre com a mesma dignidade, lucidez e maturidade. Porque pensando bem, são os caquécticos como eu e muita miudagem que gosta deles. Já passaram umas boas gerações.
Parabéns malta!!!
Parabéns malta!!!
Já agora, o Tempo
Se há coisa que todo mundo já sabe, é que este ano o Inverno está sendo rigoroso. Demais.
E aqueles que me conhecem, sabem o quanto eu me alegro de cada vez que sinto os primeiros anúncios do tempo frio (deixo aqui o meu entusiástico iupy).
Sim senhor, é um belíssimo espectáculo de se ver, neve, bonecos e todas essas coisas que são próprias do inverno europeu. Menos divertido é sentir o frio batendo na cara cada vez que a gente sai na rua, ou os pés gelados, o nariz vermelho e pingão, as frieiras nas mãos e outras coisas mais.
Eu chego a ser patética com o frio, fazendo coisas que nem parece ser de alguém adulta, valente e cheia de opinião como eu.
Eu, na sala, no sofá, aflitinha pra ir fazer um simples xixi, me debatendo entre ir ou não ir, eis a questão: sala quentinha da lareira.
E lá fiquei eu sentada, naquele vou ou não vou, debatendo as vantagens e desvantagens do acto. Se for depressa, nem sinto frio. Mas tenho que despir a parte de baixo da roupa (até nisso os homens levam vantagem!!), mas se não faço, passo vergonha. E tomar banho???
Todos os dias o mesmo Carnaval: separar e colocar em frente da lareira as peças(inúmeras) de roupa que vou vestir após o banho, o festival de espirros enquanto me dispo, a vontade de chorar por ter que sair do banho quentinho, mais a corrida atá a lareira.
Patético.
Meu marido diz que pareço uma cebola, com tantas camadas de roupa em cima. Cheguei ao ponto de usar dois pares de meias...ao que eu cheguei?!
Mas, na esperança que logo chegue a Primavera, me levanto todos os dias de manhã, ainda escura, pra tentar tirar meus filhos da cama.
E nesse estado de alma, deparo com uma pesquisa que faz a seguinte pergunta às pessoas: "Sabe o que fazer pra minimizar os efeitos do frio?"
A minha resposta, mesmo sabendo que seja impraticável seria: HIBERNAR.
Os animais são tão mais civilizados do que nós, que me dá vontade que na próxima encarnação eu venha de esquilo.
Será que terei essa sorte?
Factos, números e fazendo as contas...
Segundo uma pesquisa rápida que fiz na Net nos últimos dias do ano e juntando com os anúncios de Ano Novo, só no último trimestre, em Portugal surgiram mais 569 mil desempregados.
O que quer dizer que o fim de Ano nem foi muito alegre pra muita gente.
Juntando ao facto de que o pão subiu 5%, Luz 4,9% (pra não dizer 5?), portagens 2,2% e imposto automóvel 2,1%. Só pra começar.
Aí fui ver que tipo desempregados temos, e aí pude constatar que só mesmo aí o país é mesmo democrático: 44% dos desempregados são licenciados e menos de metade recebe subsídio de desemprego, a contagem entre os jovens e os de mais de 40 anos está elas por elas.
Uns, porque são jovens e não tem experiência necessária pra colocação, os que já tem 40 ou mais, são considerados velhos pra trabalhar, mas novos demais pra reformados.
Decidam-se!! Ninguém consegue ganhar prática , sem que primeiro arranje um emprego né? E se ter 40 anos é ser velho... tenho aqui um palavrão bem bonitinho pra mandar pra quem pensa assim.
Bom, aí eu forrada de optimismo, resolvi procurar na bolsa de emprego, algo pra ajudar no orçamento familiar. entrei no Part- Time e de caras me aparece uma conhecidíssima marca de produtos de emagrecimento que anuncia colocação (obviamente só pra gente com menos idade que a minha) e fartei-me de rir.
Porque só no ano passado mais de 2 milhões de portugueses recorreram ao Banco Alimentar Contra a Fome. DOIS MILHÕES. Estimando-se que só neste ano que agora entre, a coisa passe para o dobro, será que alguém vai querer comprar produtos pra emagrecer, quando está na iminência da fome????? Só um à parte: Portugal tem 10 milhões de habitantes.
Desses 2 milhões, uma boa fatia são pessoas de canudo na mão que não conseguiram colocação ou foram mandados embora do seu posto de trabalho. Animador.
Depois a gente lê que mais de 18% da população está abaixo do limite da pobreza. Mais animador ainda.
Olha, sinceramente, por muita boa vontade que uma pessoa queira ter, factos são factos. E o facto é que estamos na merda. Literalmente, figuradamente, seja o que for: estamos na merda.
E por muito optimismo que eu afivele na minha cara, no meu (bom?) humor, a verdade é esta: somos governados por uns incapazes, e que foram eleitos por uns inconsequentes que votaram num partido sem ver que tipo de pessoas estão nele.
E assim, se eu tiver que ser a única com sorriso na cara, com muito optimismo em cima de mim, só mesmo a toco de valeriana, de muito chá de alface e de ficar acendendo vela pra todos os santos. Mas segundo parece não é do meu feitio ver um mundo azul assim de graça.
Porque este ano, me desculpem, vai ser duro demais.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Não sumi, apenas fiquei remoendo..
Um dos maiores privilégios que eu tinha, era poder ver e ajudar meu avô Tista a enfeitar a árvore de Natal.
Isso porque, na casa dos meus pais, por motivos religiosos, não se comemorava essa data. Mas meus avós, mais pelos netos pequenos, faziam as decorações de Natal e orelhas mocas aos sermões estúpidos dos meus pais.
E ficava fascinada quando meu avô Tista ia colocando os enfeites, todos de vidro, delicados e coloridos. Quando acendiam as luzes da árvore...meu santo...ficava tão contente e nem sabia bem porque. Lembro que meus avós passavam o Verão na Europa e quando chegava o frio, voltavam para o Brasil. Isso quer dizer que viviam no Verão permanentemente.
Mas quando voltavam, traziam coisas que para uma criança pequena e gulosa era novidade: bengalas de açúcar e hortelã, botinhas de açúcar cheias de um licor adocicado, bolinhas de chocolate e licor...
Nunca pedi nada para o Pai Natal, nem meus pais deixavam, mas sempre tinha um boneca à minha espera ou outro brinquedo qualquer. Por isso, crescendo na descrença dos meus pais, me acostumei a não desejar nada que não pudesse ser explicado de forma convincente. E me tornei céptica. Cedo demais.
Perdi meus avós paternos, cresci já liberta do peso religioso e me tornei pragmática. Mas aprendi a lição muito bem: criança tem direito de sonhar, e cabe aos adultos darem essa oportunidade de terem sonhos. Pra poderem depois crescerem e tomarem tento à realidade. Mas infância só acontece duas vezes na vida: uma quando somos pequenos, outra, no fim da vida. Mas acho mais divertida quando somos pequenos.
Meus irmãos mais novos tiveram a sorte de poderem viver essa pequena fantasia, que com muito trabalho conseguimos realizar. Lembro dos Natais juntos com meus avós maternos e tios e primos, já aqui em Portugal. Do trabalhão que era esconder as prendas deles na arrecadação, de fazer os saquinhos com os doces...do trabalho ingrato de coloca-los na cama e que ficassem lá...bons tempos.
Tive meus filhos, deixei que tivessem as suas ilusões infantis, porque acredito nos rituais de crescimento. Meus filhos acreditaram em Pai Natal, na Fada do Dentinho, Coelho da Páscoa e toda essa alegoria que faz parte da nossa vida.
Lembro de num natal, meu filho mais novo teria uns 5 anos, deixou junto à chaminé um bilhetinho e um Halls de limão e mel para o Pai Natal. No bilhetinho dizia: "para o senhor não ficar constipado".
Lembranças....
Eu não escrevo cartas ao Pai Natal, nem acredito em contos de Fadas, mas desejei muita coisa no fim de ano de 2008.
Relutantemente dei-me conta que continuamos a ter o mesmo 1º ministro, que o mundo começou com guerra, que injustiças continuam aqui, nas nossas barbas e buços, e que pouco mudou.
Esse velho safado vestido de vermelho não ouviu meus pedidos, que ao fim e ao cabo eram bons pra todo mundo. Mas vou dar-lhe um desconto: ele enche a cabeça das crianças com sonhos. Só disso merece o meu benefício da dúvida.
E para a minha Fifia, espero que durante muito tempo possa ser criança, que sonhe, que tenha ilusões e decepções. Porque é assim que ela vai crescer aprendendo que uns dias as coisas podem acontecer, noutras, a gente tem que levantar a cabeça e seguir em frente.
E só isso.
Ps: As luzes aí de cima, são parecidas às que o meu vô Tista usava na árvore, a única diferença é que as dele eram de vidro...