Eu pensava que era um dia como qualquer outro, mas não, é meu inferno pessoal. Segunda Feira definitivamente foi talhado pra me fazer perder o bom humor.
E a semana começa logo azeda por aí.
Saio de casa e levo meu filhote mais novo na escola, desta vez com as senhas de almoço, carteira, chaves, telemóvel...tudo direitinho. Ia ter tempo de ir pro banco, passar no médico pra pegar uma receita, levar o relógio pra arranjar e ainda ter dois dedos de conversa com uma amiga na hora do almoço. Esses eram os meus planos.
Sim, porque os dias mais agitados no Banco, são os do começo do mês, tirado isso fica mais fácil e eu tinha MESMO que ir no Banco hoje.
Chego lá...e é a visão do inferno!!! Mais de quarenta pessoas na minha frente...todas idosas, todas pra irem buscar a reforma...todas cheirando a naftalina!!!
Um a parte, eu sou alérgica a naftalina, o que me vem levantando a suspeita de que em outra encarnação fui traça.
Para aquelas quarenta e tais pessoas em fila, haviam apenas dois caixas funcionando. DOIS. Os mais molengas e os que dão mais conversa aos clientes.
Sabe como é velho no Banco?? Simples, reclama das costas, do tempo, dos filhos, dos netos, do governo, da água, do sol, do frio... Não escutam quando chamam o seu numero de senha, contam e recontam o dinheiro na caixa (só pra conferir se tá tudo certo), pedem pra ver as vinte cadernetas do Banco que levam, pedem pra dizer em voz alta quanto tem em cada conta, porque esqueceram dos óculos...ai meu santo...
Depois, pra alegrar a minha situação, meu filho mais velho telefona avisando que a escola tinha sido assaltada durante a noite, e por conta disso, não haveria abertura de refeitório nem do bar. Iam ter que almoçar comigo. E eu lá, na fila dos infernos. Sem nada feito em casa.
Meu desespero dobrou no momento que um dos caixas foi fazer a sua pausa pro café. Aí ficou um pra aquele povo todo.
Tentei me distrair com o que havia por perto, e qual não foi meu espanto quando deparo com um velhote com tanto pelo saindo dos ouvidos, mas tanto, que daria pra fazer uma trança. Depois olhando bem, o velho vinha com o pijama por baixo do casacão. O que me faz pensar, que o dito cujo pensaria que não ia sobrar dinheiro pra ele, então toca de ir como está.
Entrei na Caixa Geral de Depósitos à 10 e 41, e saí ao meio dia de lá. Com aquele bom humor, dizendo coisas que escuso de repetir aqui no blog. Vou no consultório médico pegar a tal receita:
" O senhor Doutor não vem hoje, tem que vir buscar a receita na sexta "
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Não tenho palavras para a minha indignação.
É noite de segunda Feira, estou um caco, não fiz nem metade do que queria fazer e que tinha que fazer. Vou tentar relevar o que se passou hoje, sempre na esperança que na próxima Segunda eu tenha mais sorte.
Mas duvido muito. Sabe aquela música que o Bob Geldof cantava??
I don't like Mondays...tell me why?
Eu digo porque.
Tenho alguma coisa errada: ao invés de me compadecer da sua situação, eu desejo que mais coisas assim aconteçam pra que eu possa rir como ri lendo este post.
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