Fui criada ouvindo música clássica em casa, aliás, minha irmã já comentou isso no blog dela. Mas eu escutava na marra, fosse Ópera, fosse o que fosse. Imagine fazer uma viagem enorme de carro e no toca fitas Madame Butterfly. E eu me perguntava, se ela estava morrendo, porque não tinha a bondade de morrer de uma vez!! Como réplica, meu pai colocou Dama das Camélias, e aquela gaja ficava no "io moro, io moro" e nunca mais acabava por morrer....
Quando tive idade suficiente pra mandar no que gostava de ouvir, deambulei por vários géneros musicais e prometendo à mim mesma, nunca impor aos meus filhos fosse o que fosse de musical.
Cumpri a palavra, apesar de apresentar, conforme a idade e a curiosidade, diversos tipos de música. Apresentei Pink Floyd, Doors, Queen, Depeche Mode, e Mosart. Meu filho mais velho adorou Mozart, apesar de gostar mais de Rap e Jazz.
O mais novo, de temperamento mais fechado, mais tímido, sempre se sentiu atraído aos Góticos e Havi Metal. Mas adorou Carmina Burana, e continua acérrimo defensor da música gótica.
O mais novo, de temperamento mais fechado, mais tímido, sempre se sentiu atraído aos Góticos e Havi Metal. Mas adorou Carmina Burana, e continua acérrimo defensor da música gótica.
No zaping habitual, passamos pelo canal Mezzo, onde nem sempre aparece só música clássica, também tem jazz, fusão e afins. Foi aí que descobri Jeff Mills, e que o meu filho gótico descobriu hoje Vivaldi e As Quatro Estações.
"Mãe, tens isso??"
"Tenho sim, queres?"
Sei que empurraram goela abaixo isso, assim como muitas mais coisas na minha vida quando tinha a idade deles. Mas aprendi com os erros alheios, e aprendi deixar espaço para a procura e curiosidade. Deixar que os ouvidos se apaixonem ou não por uma melodia, uma música.
Amar uma coisa, deve ser um acto espontâneo, não imposto. E assim tem sido a minha maneira de ensinar os meus filhos a respeitar os limites de cada um, mas sempre se desafiado a conhecer coisas diferentes.
E assim, meus filhos ainda no começo da adolescência, escutam os pesadões da rocada, como escutam Mozart, Vivaldi e Chopin. Gostam de Jazz, Blues e Jive. Gostam do que gostam, mas gostam de escutar outras coisas. Acho que estou me saindo muito bem.
Modéstia à parte, tenho uma bela colecção musical, onde passa por quase tudo. Percorre quase todos os continentes, e géneros musicais. Porque , quem sabe? Eu posso não gostar de algo, mas meus filhos, meus amigos poderão não é? E não é na diversidade que este mundo é mais colorido??
Bom.... eu diria que o gosto musical está no sangue. Somos uma família de músicos (frustrados/mal-sucedidos?) e o ouvido musical é sim passado pela genética.
ResponderEliminarAlguém essa hora está se revirando de satisfação no caixão....ahahahahahah
Sem falar no talento nato pra tocar ke este menino tem....
ResponderEliminarE precisava lembrar do falecido?? Eu mordo a língua cada vez ke falo de música clássica por causa disso...
Aprendi muito
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