quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

At Last...


Fugida daqui, pipocando entre os outros dois blogs, mudando de vida, de estado e de espírito. Acabando de um lado, começando de outro, esta é a minha dinâmica agora.
Depois de muitas insistências, de muitos puxões de orelha, resolvi botar mãos a obra e comecei a escolher, refazer e começar do nada os contos que durante anos e anos fui escrevendo.

Tarefa ingrata, diga-se de passagem. Andam espalhados entre contas antigas (o que o stress de uma conta de luz pode dar de inspiração...), cadernos de receitas, agendas e todo bocadinho de papel que servia pra guardar uma ideia. Depois tenho um peculiar mau hábito de dar sempre uma remexida nos textos, de mudar um sentido de frase, de...sei lá, fazer melhor. Até que chega uma hora que eu digo "Já chega!!! Não mexe mais caraças!!!"
Tenho contos demais, dos mais variados géneros, que vão do conto infantil, ao (como meu filho mais novo diz) erótico-badalhoco, ao conto de conceito, ou apenas crónica.  Podem queixar-se de tudo, menos de falta de visão e assunto. Portanto, tenho que me cingir à um tema, tentar forcar-me nele, escolher os textos que se encaixam e tocar o caso pra frente.

Isso quer dizer que, ainda não é desta que vou ser mais atenciosa com aqueles que continuam a frequentar este blog, de dar mais uma animada nele. Isto vai levar o seu tempo. Mas como se costuma dizer: saber esperar é uma virtude e temos que ser virtuosos.

Depois tem mais aquela... junto os contos e vou procurar quem os publique, mais uma pra me encher de nervos, mas... uma coisa de cada vez.

Fiquem bem e façam projectos, coisas que vos dê prazer, coisas que possam realizar. Nunca é tarde...

Até depois

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Desculpem o atraso...

 Fiquei fora daqui uns tempos não é?

Sei que o motivo pelo qual este blog começou foi um interlúdio para algo mais cortante. Tentei aqui sair da pele da contadora de mitos, fazer deste espaço um começo válido para o que se passa na minha cabeça. Foi um blog de transição, onde na verdade queria poder falar mais do que vai cá por dentro do que nunca.

Tive que primeiro de tudo, conseguir colocar a casa em ordem, organizar as minhas ideias e saber gerir bem aquilo que posso, não posso devo ou não devo falar. Todo mundo pensa que falar de si é apenas uma responsabilidade solitária, onde o EU é o único pronome.

Eu não vivo isolada numa redoma, me rodeio de pessoas com as suas histórias e casos, de certa forma, acabam por me mostrar de uma forma ou de outra, que eu estou no meio delas. Ao contar o que vejo e sinto coloco-as no meio do barulho. E assim, o Vivendo no Desvio, surgiu para isso mesmo. Começar a pesar bem, saber balancear as coisas e alargar a minha fonte se pensamentos e palavras.

Serviu bem ao seu propósito, me deu gana e força de começar a me atirar no mundo das letras com mais disciplina, focar melhor as coisas e não escrever de cabeça quente, serviu para ser o meu teste drive no Teorias da Inspiração.

O Não Há Verdades Absolutas é e será sempre o meu primeiro amor, aquele que, por força da insistência da minha irmã, me trouxe à estas paragens virtuais. Me deu traquejo, me fez rir muito e me indicou o que seria um bom começo. O  Teorias da Inspiração está a ser uma verdadeira surpresa, uma massagem no ego muito boa. Nele sou eu, eu mesma, mesmo que o nome mude, que num lados seja Penélope, aqui Dora e lá Rakel...a certeza é esta: eu sou assim. Sou mais do que a aparência deixa ver, sou mais do que um simples nome pelo qual me chamam.

Cada vez mais me cobram livros, tanto do lado do Teorias como do lado do Verdades, agora já me falam de guiões e de texto para uma peça de teatro...

Sinceramente, não sei onde isto tudo irá me levar, não sei o que o amanhã me reserva, mas a certeza que aqui no Vivendo peguei a primeira peça da minha felicidade...isso é uma certeza.

Não sei se vou voltar a escrever por aqui, não sei se o Vivendo vai me servir para mais uma transição necessária para o meu crescimento pessoal. Mas este canto de escrita é-me precioso, mesmo que pouca gente venha aqui, que deixe o seu comentário, mesmo assim, é uma parte de mim.

Obrigada por tudo à todos...

Beijos

Dora

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Eu quero hibernar




O Sócrates ganhou, vai começar os Ídolos versão portuguesa, tô farta de Cristianoborulhentoepacóvio Ronaldo, da Júlia Pinheiro e daquela hiperactividade e falando do mundo cão dos outros, do mesmismo.

Meu santo kitkat, o que é feito deste povo que gritou revolução e quis mudar o rumo do destino? Que é feito da vontade de fazer melhor??

Tenho verdadeira inveja dos ursos, esquilos e todos esses seres inteligentes, que quando chega o Inverno, se escondem nas tocas e dormem sem chatear ninguém. Porque é assim, ver esta palhaçada toda e ainda por cima, bater os dentes de frio...eu não aguento.

Meu metabolismo não foi feito pra estas baixas temperaturas. E ao contrário do resto do mundo eu peço muito que haja mais mudanças climáticas, que aqui nesta beirada da Europa, se torne num país quentinho e de temperatura amena durante o ano todo. Só assim eu aguento tamanha passividade, burrice e comodismo.

E juro, não estou naquela altura do mês. É desencanto mesmo.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Eu vou pra rua gritar!!!

Começo de ano escolar é sempre desesperante pra qualquer pai ou mãe. É ver sair dos bolsos uma torrente de notas que não tem retorno.

Mesmo em campanha eleitoral, a gente vê até que ponto a escolaridade obrigatória é gratuita. Só se for pra ministro e deputado, pois ambos beneficiam para seus filhos de total pagamento dos estudos.

Nós, aqui os que pagam imposto, somos obrigados a ver não sem um pouco de constrangimento a miséria de esmola que o Estado dá aos pais pra ajudar no Ensino Gratuito.

E hoje foi apresentação nas escolas aqui da cidade. E qual não foi meu espanto, quando pra poder ter aquela meleca de folha de horário... eu tinha que pagar!!!!!!

Me perdoem, mas esta, vai ter que sair:

"Mas que caralho de escola é essa, que eu tenho que pagar a fotocópia de um horário????"

Infelizmente, eu não pude ir à apresentação, cada filho foi pra respectiva escola no meu lugar. Até porque por muito que tentasse, jamais conseguiria estar nas duas ao mesmo tempo.

Mas se fosse, talvez não seria com essas palavras que chamaria a atenção da directora de turma, mas acreditem que eu jamais pagaria pelo papelinho. Preferiria copiar à mão do placar da escola.

Cambada de FDP!!!

Já não basta esta crise, ainda por cima fazem pouco da gente.

Mas tudo bem.... me aguardem...

.

terça-feira, 11 de agosto de 2009



Eu sou a gota de suor na cara de quem trabalha
Metodicamente e sem sonhos
Eu sou a gota de sangue no fio da faca
De quem fere a si próprio
Eu sou a gota de soro que te salva a vida
Perdida de correr atrás do que não é
E sou a gota de água no copo que se esgotou
E nada mais senão o vazio

Eu sou a gota de chuva que escorre na janela
Que assiste a tua espera eterna de quem não vai voltar
E sou a gota de orvalho que restou dos amores da Lua com a Rosa
Os amantes da noite
Eu sou a gota de sopa no babete do teu filho
Que se ri para ti e não quer comer

Eu sou só uma gota, u pequeno de um nada de tudo

Uma fracção de um todo que quando juntas somos uno

Quando soltas...apenas gotas... de nada...


I.M

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Eu Mereço...


Estou numa divisão muito grande, tipo, será que vale a pena levar a sério as coisas? Será que uma boa dose de ironia não é desejável?

Estou muito mais inclinada pra ironia, cansei de me esforçar pelo correcto, certo e bem aceite. Olha, que se dane!!

Mas quando meu filho numa conversa comigo na cozinha me contou que tinha casado na noite passada...

- Pois e mãe, casei porque assim vou subindo meus níveis de experiência.

- ???????????? - cumé que é? Casaste? Como? Com quem?

- Tu não me ouviste? FOI NO JOGO MÃE, NO FFF. Aquele jogo online.

- ?????????? - então agora eu sou sogra de uma bonequinha??? ô meu filho...

E desatei numa gargalhada imensa sob o olhar incrédulo do meu filho mais velho. O mais novo entra na cozinha a procura do jantar, que por aquele passo ia acabar saindo tarde, olhou pro irmão e perguntou:

- A mãe "queimou"? (queimar é um termo aqui de casa que quer dizer que alguém ri tanto até queimar os fusíveis)

- É, queimou porque eu disse que tinha casado no FFF - e olhando pra mim ainda na gargalhada, agarrada numa cadeira, em lágrimas e ele com aquela cara de que precisa internar a mãe.

Depois de um tempo e uns goles de água lá consegui passar um sermão, no bom papel de mãe e sogra, de que casamento por interesse nunca dá certo. E o rapaz olhou pra mim, com aquela cara de quem não tá nem aí.

Quase chegando nos 18 anos, acho muito bem que ele nem me leve à sério neste sermão ridículo. Afinal, os casamentos no jogo em questão é pra isso mesmo. E é daqueles casamentos bem modernos, cada um pro seu lado fazendo pela vida. E nesta altura do campeonato, devo de dizer que concordo plenamente com isso. O convencionalismo, afinal, não trás segurança nem nada de bom que valha a pena lutar.

E mais nada.


terça-feira, 28 de julho de 2009

A queda dos anjos



Quando a gente pensa que o mundo pode mudar, que as pessoas realmente procuram uma forma de o melhorar, isso não acontece.

Paternalismo é uma das muitas coisas que me deixam furiosa, aquela coisa meio palerma, de dar tapinhas nas nossas cabeças e dizerem : "a gente faz isso pelo vosso próprio bem", me dá vontade de atacar alguém a mordida.

Como muita gente deve ter calculado, estou esperando com alguma curiosidade pelo novo trabalho dos Rammstein. Visitando os sites e blogs de fãs, me dei conta que "vasou" uma das músicas na Net assim como algumas fotos.

Quando fui na catedral de todo o conhecimento áudiovisual (YouTube), pra ver se já havia alguma coisa, deparo com uma cena de paternalismo nojenta, abjecta e vomitante. Tipo:

Ai...que meninos tão mauzinhos que estão estragando a surpresa aos fãs..." e tiraram tudo de lá.

Sites e blogs que publicaram fotos e a tal da música - Liebe ist für alle da - foram avisados, ou tiravam os bagulhos ou iam levar processos em cima.

Muito bem, pra quem quiser ouvir, cá vai disto:

Se realmente, este grupo sente vontade de agradar os fãs, poderiam antes de mais nada descer os preços dos ingressos para os shows. Se não sabem, ficam a saber que um dos 2 concertos que se fariam em França, foi suspenso, porque os bilhetes custavam a módica quantia de mais ou menos 59€. Isso, se o povo morasse todo perto e não tive que pagar transporte e alimentação.

Se este grupo não sabe, a gente tá no meio duma crise económica, e bilhete pra concerto é supérfluo. Pagar o lugar onde se vive, água, luz, gás e condomínio já é ruim. Infelizmente, a gente ainda por cima tem que comer. E quem como eu, tem dois filhos estudando e não acredita nos milagres pré eleitorais, vejo cada tostão contado.

Será que estes gajos já esqueceram o que e viver de salário? Será que esqueceram como era a vida antes de 93? Ou antes de 89? Francamente...

Na verdade, quem enche os estádios, as salas de concertos são os fãs, aquele povinho meio louco, que faz blogs e sites. Gente que faz promoção do grupo por gosto e de graça. Ao contrario da UMG, que agora gere os negócios da banda, essa fica com uma boa fatia dos lucros. Essa sim, tem o maior interesse de foder com as iniciativas dos fãs, sem o menor pudor. E que eu saiba, mesmo que que UMG faça um grande esforço, não vão encher, com seus trabalhadores e familiares, os estádios deste mundo. São os fãs. Eles não cuidam dos interesses da banda, mas do seu próprio lucro. E os fãs estão sem dinheiro.

Largar uma musiquinha na Net, tipo aperitivo, promove, puxa a curiosidade dos adeptos. Da maneira que isto anda, qualquer dia a gente nem vai poder cantar ou assobiar uma música no chuveiro, no meio de um banho de espuma, porque senão, poderemos levar multa. Ou então, nem sequer colocar o nome da banda numa postagem ou assunto, tipo pecado bíblico: "não pronuncie o nome da banda em vão". Aí passam de 10 mandamentos, pra 11. Ridículo.

A hipocrisia de se dizer que o que leva um criador a fazer arte como modo de expressão dos seus pensamentos começa nesse mercenarismo. O que o artista quer é fama, glória e money.
Essa cena de "a arte é a minha expressão" é só conversa fiada.
Milhares de pessoas expõe as suas ideias em blogs, seus poemas, suas filosofias. De graça.

Platão, Galileu e Da Vinci, graças aos céus, não tinham uma produtora cuidando dos seus assuntos. E graças aos estudos feitos por eles, passamos de um geocentrismo à consciência de que não somos o umbigo do Universo. Mas muita gente se sente deus e pensa que pode tudo, até calar opiniões.

Na minha opinião, o tempo que a banda passou nos EUA estragou tudo. Não sei porque, mas me dá a ideia de que com isso se encantaram demais com a possibilidade do "mais". O que não queria dizer que seja melhor. Será uma crise de meia idade?? Vai saber.

Com isto, deixo o meu protesto, esta foto bem foleira de um R (vai que eu coloco uma foto e me cai uma saraivada de fogo e pedras como em Sodoma?) e de agora em diante, encerro assunto dessa banda. E se me saírem bilhetes pro concerto, vou doa-los ao Banco Alimentar Contra a Fome, que só neste país triplicou os pedidos de ajuda. Assim, podem rifar os bilhetes e arranjar mais uma forma de ajudar quem precisa.

Fica aqui a minha solidariedade com os blogs e donos de sites.

Fim.