sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Consulta Telepática


Imagine que seu filho adolescente acorda e diz que tá enjoado, tontura e se sente maaaaaal. Se eu tivesse escutando isso da boca de uma filha, já estaria estendida no chão, mão no peito com ataque de coração. A única coisa que passa pela cabeça é gravidez...
Mas como tenho dois filhos, a coisa ficou menos perigosa. E disse isso mesmo pra ele:

"Meu filho, posso te garantir uma coisa, gravidez não é!"

Mas levei o rapaz na médica de família do Centro de Saúde aqui da cidade. Detalhe pertinente: eu não conhecia a médica, felizmente porque nos últimos 3 anos não precisei de lá ir.

A Sr.ª Drª , avantajada de corpo, passo de sargento de Cavalaria, isso eu sei como é porque meu avô foi militar, e a voz fazendo jus ao posto.

Ela berrava lá de dentro o nome dos pacientes, com aquele vozeirão dela. Quando ela berrou o nome do rapaz, entramos e primeira surpresa: ela não escreve nada na fixa, é tudo no computador. Pergunta isto, aquilo, o outro...e nada de examinar. Mãos no teclado, catando milho nele, perguntando, alguns relances para olhar na cara verde do meu filho...e nem escutou pulmão, não tirou tensão arterial...nada...

Veredicto final: O problema dele é vesícula sobrecarregada. vai fazer análises, tirar ecografia abdominal e tomar estes comprimidos aqui. E claro, tem que fazer uma dieta e comer devagar.

Ela não colocou a mão no rapaz, sequer tomou o pulso pra ver se tava acelerado ou com pressão baixa...nada. Tudo feito telepaticamente. A nova modalidade de consulta, que ajuda aos médicos de cu grande e pesado, que tem dificuldade de elevar a peidola da cadeira e que faz tudo no berro.

Nem preciso dizer que passados dois dias, levei o rapaz pro hospital, onde foi examinado por um MÉDICO mesmo, que o examinou e identificou com uma virose: aquela doença que quando não se acha uma causa nem o nome da dita, vira virose.


A gente bem tenta seguir os trâmites legais, vai no Centro de Saúde, e depois se vê na necessidade de ter que passar 4 horas no hospital, fazendo exames e tomando soro...

Não há nada como ir directo com quem sabe...

2 comentários:

  1. Tão diferente do Dr. Odorino Breda.... me lembro que eu podia ter dor de garganta que ele olhava tudo.

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  2. Tu tiveste o Odorino...eu tive o Zé Breda... doidaço e maior médico. Quem falava era a gente, não os pais.

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