sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Uma questão de necessidade

Se este post parecer confuso, não faz mal, quem me conhece sabe que eu dou uma grande volta pra chegar ao meu Centro Cultural.

Uma coisa importante acontece neste mês, faço anos. Não digo o dia nem hora nem quantos faço. Apenas quero explicar umas coisas.
Não acho piada escrever post de comemoração de criação do blog, porque, não sei. Acho que o blog apenas serve aos meus propósitos de um Querido Diário público.

Envelhecer, tomar anos à vida é algo a que não podemos fugir, não estamos ficando mais novos, mas sim, mais velhos. O que só me chateia no meio disto tudo, é a verdadeira campanha de que devemos envelhecer com aparência eterna de 30 anos. Estica, corta, puxa, pinta, implanta. Ginásio, musculação, massagem, sauna, dieta...muda aquilo que a gente vale e é??

Lembro de quanto a música me tem acompanhado estes anos todos, de como tem falado por mim, de como me aproximou de pessoas, de como se tornou um vício na minha vida.
Meu mundo foi se tornando mais rico com os amigos que apresentavam seus gostos, seus grupos preferidos.

Olhando para trás, não só me lembro das músicas, como de quem me apresentou à elas. E guardo com carinho todos. Uns desaparecem, amigos e grupos, outros continuam, mesmo remando contra a maré do Bunda Music.

Soube que em Novembro, os que restaram dos Led Zeppelin se reuniram num concerto único em Londres. Fiquei verdinha de inveja. Apesar de Led não ser bem da minha geração, foi me apresentado aos 15 anos. E gostei mesmo. Pena que o John Bonhan (baterista) morreu na mesma época. E assim acabou o Led.

Dai, pensando em todos os artistas plastificados que andam por aí, dou de cara com um nº da revista Blitz, com uma matéria sobre os Led e vejo o Jimmy Page de cabeça toda branquinha, tocando, e o ex-sinuoso Robert Plant com a musculatura mais maciça.

Adorei. Não se renderam às plásticas, truques de cosmética, mas continuam bons, mesmo na pele de gente um pouco mais velha, sem excessos, sem pulos extravagantes ou aquela mania de parecer aquilo que já não é: jovem.

A maturidade trás a bagagem do conhecimento, sabedoria e a placidez de ver o mundo que nos rodeia. Nos dá autoridade para reclamar, e não ter pressa de reflectir.

Meus parabéns para eles, e todos aqueles que te sabido caminhar pelos seus anos sem medo do que são.








.....e Parabéns pra mim né??

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