quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Vamos lá falar a sério..


Lembro bem das diversas brigas la em casa, tudo gerado pela minha linda, longa e profusa franja. Meu pai passava horas dicertando sobre os possíveis efeitos na minha capacidade de visão, dos acidentes e todas essas coisas que os pais dizem pra nos convencer.

Outro assunto bastante discutido, era como eu me pintava. Lápis preto nos olhos, muito rimel e se usava sombras eram sempre pro lado do cinzento. Ia perfeitamente pintada e penteada pras aulas de ginástica logo de manhãzinha...

Depois foi a roupa preta, que decididamente só tinha uma peça ou outra, porque nisso, a minha mãe controlava ao milímetro. Chatice.

Vi filmes de terror, ouvia música que ninguém ligava e li muita coisa que na minha idade não era hábito. E estou falando dos finais dos 70 e começo dos 80. Vi filmes do Jason e sua catana assassina, vi o Fred no Pesadelo de Elm Street. E nunca me cortei, fugi de casa, ou me juntei à um grupo de maluquinhos que tivessem como mote se matar.

Talvez eu tenha sido um pouco avançada pra epoca, mas na verdade, depois de ler este assunto...fartei-me de rir.

Embora o jornal citado não seja um paladino da verdade e sim, muito sensacionalista a coisa promete.

Até porque tinha lido há uns tempos atrás isto aqui que me fez pensar que na falta de uma família capaz e que seja informada, toca a jogar as culpas à algo.

Pra já, os Slipknot de certa forma copiaram as máscaras de filmes de horror e tortura, trazendo pra inovar um meio muito peculiar...chamado de música.

Agora, mesmo velhota, e sem querer dar uma de diferente, gosto de andar de preto, gosto de usar a minha franjola, dos filmes de terror, de música pesada. Sou assim.

Nem se pode dizer que fui moldada sob uma peseudo cultura, porque no meu tempo, o giro era saber dançar disco, abanar-se numa discoteca com aquela bola de espelhos no tecto e coisas assim.

Só sei que, pelo facto de uma pessoa usar preto, usar franja e pintar as unhas de preto, não quer dizer que pertença a tribo Emo, que são todos uns suicidas potenciais e que, tadinhos, nem tem personalidade.

Isso tudo faz lembrar o meu pai, que quando via alguém com o cabelo que não fosse cortado à escovinha dizia logo que era um Hippy.

E eu seja cão se ainda este ano não faço uma tatuagem!!!

Ps: Leiam os comentários de ambos artigos , porque são do melhor...

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