Fim de semana muito chato, tempo fechado, cheio de nuvens, frio, nem dava vontade de colocar o nariz fora de casa. Ao ponto de se me acabarem os cigarros e eu sem pachorra de os ir comprar.
Aproveitei que tinha em casa esquecido num armário, uma bolsa de tabaco para enrolar, mortalhas, filtros e a máquina de fazer cigarros. Ahhh, tenho isso por que meu marido comprou, pensando que ficariam mais barato assim, a ideia surgiu depois de um dos últimos aumentos do maço de tabaco. Só que ele tinha que fazer os cigarros, e quem o conhece sabe que a paciência dele não é pra tudo.
No mesmo armário, encontrei alguns cds, de músicas bem antigas, que por falta de espaço tive que encafuar no fundo do dito armário. Tirei-os de lá, aproveitei pra além de tirar o pó, escutar coisas que já fazia muito tempo que não ouvia.
Foi Rick Wakeman, ex teclas do extinto Yes, gravações de 1973 em diante, Alan Parsons Project, Duran Duran, e bato os olhos no The Wall. Quantas lembranças...
Do tempo que estudava, pensava em mudar muitas coisas, em ser muitas coisas...ok, todo adolescente pensa nisso. Mas me lembrei de uma coisa, que até penso que terá algum paralelo.
The Wall foi feito numa época de mudanças, A Dama de Ferro era a Primeiro Ministro do reino Unido, A Guerra das Maldivas, todo mundo falava da SIDA, repensava-se o modelo escolar, onde era uma verdadeira máquina de fazer chouriços. Nascia o movimento Punk!!!
A bem dizer da verdade, éramos faladores, bagunceiros, brincalhões, mas nunca, nunca ouvi dizer de um aluno que agredisse um professor ou professora. Faltávamos às aulas?? Claro que sim, até ficar bem perto do limite de faltas. Mas aquilo que se vê hoje...
Por outro lado, também os professores não eram os gajos porreiros de hoje em dia, que querem passar por amigões dos alunos. Eram professores, e eu que estudei em Liceu, tive como professores verdadeiros Senhores Doutores. Davam-se ao respeito. Não berravam para se fazer ouvir, ou faziam ameaças de zeros e faltas a vermelho. Foram ensinar por gosto, não por falta de saída profissional.
Outro dia, um professor do meu filho, já efectivo na escola há mais de 20 anos, me contou, que muitas candidaturas para vagas na escola foram rejeitadas...por erros crassos de português. Sem comentários. Candidaturas de futuros professores/as. A Educação anda caindo pelas tabelas.
E tá aí, eu que fui da geração The Wall, Sex Pistols, Ramones e The Chash, acabei por ser de uma geração que se divertiu à brava, mas sem prejudicar ninguém, nem à mim mesma.
Vai entender.....
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