quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Irmãos...parte I


Eu tive a pouca sorte de ter nascido primeiro. O que quer dizer que todas as esperanças foram depositadas logo à nascença em cima dos meus pequenos ombros. Chatice.
Escusado será dizer que defraudei todas as expectativas dos meus pai: não fui saudável (asma), não era muito de lacinhos e coisas assim, adorava uma briga e fui uma estudante com bastante personalidade. Adorava soltar pipa, andar de bicicleta e todas essas coisas que menina não faz. Azar né?

Portanto, sou a mais velha de quatro pestinhas, tão diferentes e tão iguais entre si, como os dedos de uma mão. Ou quase. Digamos que após o desaire dos meus pais na aposta que fizeram em mim, foram mais liberais com os filhos mais novos do que alguma vez foram comigo. Em resumo, fui a cobaia mal sucedida.

Isso quer dizer que tenho uma irmã e dois irmãos. E a pestinha da minha irmã nasceu só pra queimar meu filme...
Depois de ela ter me exposto de maneira tão, tão... como direi...ahhh esquece!! Irmão mais novo é mesmo uma peste.

Sim, é verdade que quando danço meus filhos ficam com aquela cara de "será que tá na hora da gente internar a nossa mãe??". Mas passo a explicar:

Além de todos os defeitos que meus pais sempre fizeram questão de me lembrar como uma filha primogénita incapaz, nasci com a incapacidade de dançar. Sou aquilo que se diz: tenho dois pés esquerdos.
Ainda tentei aprender, com um primo pé de valsa, participante de concursos de Danças de Salão, mas...o que ele disse desmotivou-me:

"Dançar contigo é a mesma coisa que arrastar um frigorífico pela casa..."

Desisti, definitivamente desisti de tentar aprender danças de salão. Embora fique como um sonho não realizável, dançar um tango. Paciência.

Mas na dança do eu sozinho, a gente pode fazer o que quiser que ninguém liga mesmo. No meu caso, só faço isso quando passo um nível particularmente difícil de um jogo. Faço a minha dança da vitória. E aí??

Lógico que nem me passaria pela cabeça filmar uma coisa dessas, porque por muito destravada mental que eu seja, ainda tenho noção do ridículo. E um bom nome e uma reputação à zelar.

Sim, é verdade que se eu for olhar bem pro caso, ninguém na família bate certo, é tudo gente meio...exótica. E meus irmãos não fogem à regra. Todos tem uma pancada. Felizmente.

Mas dentre todos os micos que paguei, de todos os filmes que os meus irmão me queimaram...poderia escrever uma novela.

Desde os seus estranhos hábitos alimentares até às brincadeiras mais parvas, que invariavelmente acabavam nas Urgências do Hospital, tem de tudo. Cabeças abertas, pés furados com pregos, canetas espetadas no céu da boca, cabeças presas entre grades de berço ou lavatório de casa de banho... não falta nada.

Provavelmente começarei aqui uma série sobre os desaires dos manos. Se bem que o meu irmão à seguir à mim seja o campeão das asneiradas. Se houvesse uma ideia espatafurdia, ele colocava em prática. Um autentico suicida.

E é assim...

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